Um catador de lixo de 46 anos de idade foi preso na segunda-feira (12) no Sertão paraibano, sob suspeita de ter negociado o estupro da filha de três anos em troca de quatro pedras de crack. Além do pai, outras duas pessoas estão presas preventivamente no Presídio Regional de Cajazeiras: o suspeito de abusar sexualmente da menina e entregar a droga ao pai dela; e outro que teria dado cobertura ao plano.
Conforme o delegado Antônio Luiz Barbosa Neto, o crime aconteceu no dia 27 de agosto, mas a participação do pai só teria sido denunciada à Polícia Civil na segunda-feira. A informação partiu de uma testemunha que disse ter presenciado a negociação e o momento que o pai saiu de casa com a menina encoberta por um lençol.
De acordo com o delegado, a menina foi encontrada na madrugada do dia 28 de agosto em um matagal no bairro dos Remédios, em Cajazeiras. No corpo dela havia indícios de abuso sexual. A menina foi examinada no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Patos, mas os resultados que podem comprovar se o traficante estuprou a criança ainda não foram divulgados.
Ainda no dia 28, o suspeito de violentar a menina foi preso em flagrante. O pai e o amigo dele já haviam sido ouvidos, levantando suspeitas da Polícia Civil sobre suas participações. Com base no depoimento de uma testemunha prestado 15 dias depois, o delegado pediu e obteve a prisão preventiva.
Conforme o denunciante, o pai e um amigo teriam dopado a menina e a levado até o matagal, onde um terceiro homem teria cometido o abuso e entregue pedras de crack em troca. "As investigação indicam que os dois novos presos são co-autores do crime", disse o delegado. Segundo Antônio Neto, os três homens negaram participação, mas teriam apresentado contradições em suas versões.
A menina está sob responsabilidade do Conselho Tutelar de Cajazeiras. A mãe da criança responde a investigação por abandono de incapaz. Conforme a Polícia Civil, tanto o pai quanto a mãe seriam dependentes químicos.
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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