Camisa 10 faz os três gols da vitória cruz-maltina em Sete Lagoas e devolve derrota.
SETE LAGOAS - Diego Souza está em uma fase iluminada. Com mais uma bela atuação na tarde deste domingo em Sete Lagoas, o camisa 10 do Vasco comandou a vitória sobre o Cruzeiro marcando três gols. O último, uma pintura com direito a lençol no goleiro Fábio. Foi a primeira vez na carreira que o meia balançou a rede em três oportunidades em uma mesma partida.
Com a vitória, o time carioca pode adaptar uma nova versão da música "Aí se eu te pego", de Michel Teló, usada por Diego Souza para comemorar um dos gols da vitória. Com o empate entre Botafogo e São Paulo, no Engenhão, a fase está mais para "Ai você não me pega"... O Vasco segue na liderança isolada no Brasileirão com 49 pontos, agora dois na frente do Corinthians - que venceu o Bahia - e roubou a segunda posição do Tricolor. A Raposa segue em crise e saiu de campo vaiada pela torcida. Com 29 pontos, está cada vez mais perto da zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Cruzeiro enfrenta o Grêmio, domingo, fora de casa. Já o Vasco faz um jogo importante contra o Corinthians, que também briga pela liderança, em São Januário.
Em situação difícil na classificação e pressionado pela torcida, que no sábado protestou na Toca da Raposa II por melhores resultados no Brasileirão, o Cruzeiro começou a partida em cima do Vasco. Com Montillo aberto pela esquerda e Vitor aparecendo bem nas subidas pela direita, foram duas chegadas perigosas nos primeiros minutos. O time carioca sentia muito a falta de Eder Luis, vetado com um problema muscular. Sem velocidade para sair no contra-ataque, o Vasco foi obrigado a mudar sua principal característica tática. Mas liderado por Juninho Pernambucano, a equipe passou a atacar trocando passes rápidos e curtos.
Com 15 minutos de bola rolando, o Vasco equilibrou a partida. E começou a chegar até com mais perigo ao ataque. O time carioca arriscava mais chutes também. Era abrir um buraco para Fellipe Bastos e Juninho soltarem a bomba. Foram 12 finalizações cruz-maltinas no primeiro tempo contra apenas seis do Cruzeiro. Diego Souza foi responsável por quatro delas.
Dos pés do camisa 10 vieram as melhores chances cariocas. Primeiro em um passe primoroso para Márcio Careca, que entrou livre na área, mas chutou em cima do goleiro. Depois, em uma bicicleta que acertou o travessão. De cabeça, obrigou Fábio a uma defesa elástica. Mas aos 39 minutos, em uma linda jogada, Diego Souza finalmente conseguiu abrir o placar para o Vasco em um chute rasteiro. Na comemoração, uma dança que precisa de mais ensaio. Mas valeu pela animação. Sem muito jogo de cintura, o meia tentou alguns passos da música "Ai se eu te pego", de Michel Teló, acompanhado por Elton.
Com a vantagem do Vasco, a torcida do Cruzeiro começou a protestar. O time carioca marcava bem. Foram dez roubada de bola contra apenas duas da Raposa nos primeiros 45 minutos. Os mineiros se resumiram a alguns lampejos de Roger. Pouco. O árbitro Fabrício Neves Corrêa anulou corretamente um gol do meia, que também perdeu uma ótima oportunidade de cabeça.
Segundo tempo
Veio o segundo tempo e o Vasco passou a jogar com a inteligência. Com um desesperado e desorganizado Cruzeiro tentando o empate no abafa, o time carioca tinha o controle da partida. Não demorou para Diego Souza, novamente, marcar o segundo gol carioca. Fagner surgiu pela direita e cruzou para o camisa 10 tocar de pé esquerdo.
Com o 2 a 0, a torcida do Cruzeiro passou a vaiar o time. E a gritar olé quando o Vasco tocava a bola. Até mesmo Montillo, um dos destaques do Brasileirão, estava mal. Deu uma furaca memorável na entrada da área. Lance raro de se ver em um jogador da categoria do argentino.
A situação piorou ainda mais quando aos 30 minutos Marquinhos Paraná fez falta em Diego Souza para impedir o terceiro gol vascaíno. Como era o último homem, acabou expulso. O jogo estava resolvido, mas o camisa 10 queria mais. E fez um golaço. Passe de Juninho Pernambucano, lençol em Fábio e toque de cabeça para o gol vazio. Fase iluminada. Com direito a pedido de música no Fantástico.
Fonte: esportenaglobo.com.br (Edição: Cícero Ferraz)
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