quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Forças federais ocupam serrarias em Buriticupu


O Ibama, Polícia Federal, Polícia
 Rodoviária Federal e Força Nacional, com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Sistema de Proteção da Amazônia, ocuparam na manhã desta quarta-feira o pólo madeireiro de Buriticupu, a 160 km de Santa Inês, no leste do Maranhão. As serrarias do município de 65 mil habitantes são suspeitas de se abastecer da extração ilegal de madeira das florestas da Reserva Biológica do Gurupi e das terras indígenas Awá, Carú e Alto Turiaçu, localizadas na região.

As forças federais chegaram à cidade num comboio com 15 caminhonetes e surpreenderam serrarias operando sem licença ambiental. A operação, batizada de Maurítia, conta ainda com dois helicópteros, três caminhões e carretas para retirar a madeira apreendida. “Vamos vistoriar todas as serrarias, principalmente as que financiam a exploração de florestas nas áreas protegidas, e conferir os cumprimentos dos embargos aplicados pelo Ibama em 2009 e 2010″, explica o coordenador da operação, Wilson Rocha Cardoso.

Boa parte das transações suspeitas identificadas pelo Ibama durante auditorias nas documentações emitidas pelo Documento de Origem Florestal (DOF), o sistema federal que controla a comercialização de produtos florestas no Maranhão, tem como destino o pólo madeireiro de Buriticupu. “Essas madeireiras já foram flagradas diversas vezes comercializando madeiras sem origem legal no Estado e são reincidentes em multas do Ibama”, explica Ciclene Brito, chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Estado.

No primeiro dia de ações, o fiscais surpreenderam quatro serrarias já embargadas pelo Ibama em agosto de 2010 operando irregularmente. Todas foram novamente fechadas e serão multadas ao final da operação. Duas delas ainda utilizavam mão de obra de menores de idade para a atividade ilegal, e uma possuía um revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 12 sem registros, que foram apreendidos pela Polícia Federal.

Fonte: do Blog do Décio Sá
Edição: Cícero Ferraz

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