segunda-feira, 30 de abril de 2012

Caminhada marcará protesto contra execução de jornalista

Ato público será realizado nesta terça (1º), às 10h, na Avenida Litorânea.Décio Sá foi assassinado na segunda-feira (23) com cinco tiros.
São Luis - Acontece nesta terça-feira (1º), a partir das 10h, uma caminhada na Avenida Litorânea, em protesto contra o crime do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros em um bar da mesma avenida, na segunda-feira (23), em São Luís.

O ato público tem como objetivo o pedido da elucidação contra o assassinato do jornalista, além de outros crimes considerados de encomenda no Maranhão.

Na missa de sétimo dia em memória de Décio Sá, celebrada neste domingo (29), na Igreja da Sé, a irmã do jornalista, Vilanir Sá, declarou ao final da cerimônia esperar pela elucidação do crime. "Queremos pedir a todas as autoridades que investiguem; queremos justiça não só para o Décio, mas para todos os maranhenses. Queremos paz. Essa será a alegria do Décio, a alegria de todo o Maranhão", destacou.

Durante a última semana, outdoors foram espalhados em São Luís, convidando a população para participar da caminhada que pede justiça e paz.

A concentração para o ato será às 9h, no Parquinho da Avenida Litorânea (próximo ao Pestana Resort Hotel).

Investigações

Na última sexta-feira (27), o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que não serão mais divulgadas informações acerca do andamento das investigações do assassinato do jornalista e que toda a operação segue em sigilo absoluto, afirmação oficiada . Contudo, Mendes afirmou que Décio Sá não foi atraído para o local da execução.

"Décio Sá estava cumprindo uma rotina. Os familiares confirmam que ele ia constantemente àquele bar. O executor e o mandante sabiam disso. O assassino chegou ao bar junto com Décio Sá. A dinâmica do crime foi meticulosamente planejada. Esse não foi um crime planejado em 24 horas, a rota de fuga já estava traçada e eles evitaram contato com a viatura que estava fazendo a ronda no horário. Temos mais pessoas envolvidas nesse assassinato, e vamos chegar à todas elas," finalizou o secretário.

O crime ganhou repercussão nacional e até internacional. Entidades ligadas ao jornalismo chegaram a publicar notas e manifestos, repudiando a ação, entre elas a comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: G1 Maranhão
Edição: Cícero Ferraz

Nenhum comentário:

Postar um comentário