SANTA INÊS - O que fazer com toneladas de lixo produzidos todos os dias em todo o Estado? Esta é a grande questão do momento. Não há planos municipais de gestão de resíduos sólidos no Maranhão. Na maioria das cidades tudo é acumulado em grandes lixões controlados. O solo e os lençóis freáticos ficam expostos a todo tipo de consequência deste tipo de lixão, e quem trabalha nele também, como bem lembrou o secretário de Meio Ambiente do município de Pedreiras, Joseli Queiroz, quando de sua presença em Codó esta semana.
“A degradação de forma geral, nós temo a degradação ambiental, temos também a degradação social, nestas questões ambientais a gente não pode esquecer que vivemos de forma holística, o homem está intrinsecamente ligado ao meio ambiente”, disse.
Audiências pelo interior
A solução desses problemas deve estar no Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos que está sendo construído em audiências públicas pelo interior do Estado. Elas já foram realizadas em Imperatriz (3 de abril) e Presidente Dutra (10 de abril). Em Codó, no último dia 12, encontrou as mesmas dificuldades para se lidar com o problema.
Construir aterros sanitários e administrá-los custa caro, destacou o representante da cidade de Timon, secretário José Ferreira Martins, no encontro de 42 municípios, dos quais 16 compareceram.
Para quem pensa como o timonense, a audiência apresentou como solução, que foi a formação dos consórcios intermunicipais de gestão dos aterros.
“Precisa ainda uma consolidação a respeito disso, mas o nosso município está aberto para esta questão, se for para beneficiar o município nós estamos abertos para isso”, afirmou Jose Ferreira.
Colaboração mútua
Como a obrigação dos municípios é a mesma do Estado, ou seja, formar um Plano de ação para eliminar os lixões, a audiência aposta na troca de ideias e informações que podem sair não apenas das secretarias, mas de membros da sociedade civil organizada ligados em questões do Meio Ambiente.
Neste primeiro momento todos vão contribuir para a conclusão do plano estadual que tem prazo menor de apresentação, segundo o superitendente de Planejamento e Monitoramento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente Hugo Rocha.
“Para que eles possam verificar, analisar o plano, discutir e apresentar propostas de mudanças, a versão final do plano deve estar pronta até agosto desse ano, nós temos um prazo a cumprir, então essas audiências públicas a gente tá fazendo justamente pra isso”, destacou Hugo.
A penúltima audiência foi realizada, pelo cronograma, ontem (14), em São Luís. Para fechar este trabalho a equipe estadual voltará ao interior no próximo dia 5 de maio, quando se reunirá com os municípios da região de Santa Inês.
Fonte: Imirante
(Edição: Cícero Ferraz)
(Edição: Cícero Ferraz)
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