Presidenta inaugurou nesta quarta-feira o Pavilhão Brasil, espaço que vai apresentar as políticas públicas brasileiras voltadas para sustentabilidade
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira (13) a conciliação do crescimento econômico com a inclusão social e a preservação do meio ambiente. Em discurso de inauguração do Pavilhão Brasil - espaço que apresentar políticas públicas brasileiras na conferência Rio+20 - , ela também aproveitou para destacar conquistas do Brasil nessa área.
“Meio ambiente não é um adereço. O meio ambiente faz parte da visão de incluir, da visão de crescer, porque, em todas elas, nós queremos que esteja integrado o sentido de preservar e conservar”, disse a presidenta.
Durante discurso que durou cerca de quinze minutos, a presidenta Dilma exaltou a honra de receber um evento da importância da Rio+20 e citou alguns avanços na política ambiental brasileira. Entre eles, a queda de 67% no desmatamento desde 2004, o fato de o País ter atingido o menor índice de desmatamento este ano e ter 45% de sua energia oriunda de fontes renováveis. Além disso, Dilma ainda falou da agricultura sustentável praticada no Brasil com a utilização de técnicas como rotação agrícola e concentração de nitrogênio no solo.
A presidente disse ainda que o País mostrará como cumpre compromissos de sustentabilidade assumidos de maneira voluntária. Falou, também, que o Brasil quer reafirmar seu compromisso de redução perene da desigualdade em um momento em que países avançados na inclusão social sofrem um duro revés, em referência à crise na Europa.
"Sobretudo nas crises é preciso ter consciência de que não há crescimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, o meio ambiente e a biodiversidade. Esse tipo de ajuste não traz desenvolvimento econômico", disse Dilma, em tom de crítica ao modelo que vem sendo adotado para a solução da crise europeia.
Pavilhão
A área do Parque dos Atletas, ao lado do Riocentro, será dedicada ainda a exposições governamentais e intergovernamentais. Lá serão também realizados seminários, palestras e mesas-redondas, além de demonstrações de inovação e gestão de empresas no campo da sustentabilidade
Para o secretário-geral da conferência, Sha Zhukang, as decisões da Rio+20 não podem ser boas apenas no papel e têm de ser capazes de produzir resultados reais que coloquem o planeta no rumo do desenvolvimento sustentável. "Nossos compromissos definem quem somos, são um reflexo do nosso caráter", disse ele, na abertura da terceira e última rodada preparatória de negociações sobre o documento final de decisões da Rio+20. "Precisamos de resultados que sejam ambiciosos e históricos.
Zhukang pediu cooperação e flexibilidade de todos os setores - governos, sociedade civil e empresas - na busca do desenvolvimento sustentável. "Os governos carregam a responsabilidade principal, mas não podem fazer tudo sozinhos. Precisamos de uma parceria compacta", disse o secretário-geral.
(Com informações da Agência Estado e Reuters)
Edição: Cícero Ferraz
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