Roseana Sarney diz que ampliação do lastro para novos endividamentos do estado demonstra grau de organização do seu governo, que sempre tem oferta de mais dinheiro.
Ao analisar a elevação, pelo governo federal, da capacidade de endividamento do estado para R$ 1,673 bilhão, a governadora Roseana Sarney disse que isto reflete o grau de organização de seu governo. “As coisas aqui estão muito bem organizadas e é por isto que a todo instante aparece oferta de dinheiro”, disse ela, que ainda não definiu para que áreas serão os futuros empréstimos, já que existem outros pleitos em Brasília com pedidos de financiamento para projetos em diversos setores.
Segundo a governadora, sua equipe já apresentou propostas nas áreas de redução da pobreza, infraestrutura, ampliação do setor produtivo rural, habitação, turismo etc, portanto este crédito anunciado quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai ficar como uma espécie de lastro para futuras negociações. “Claro que recebi com satisfação esse gesto do governo federal, pois nos dá margens para buscar mais recursos que beneficiem o nosso estado”, disse ela.
Além do Maranhão, 16 outros estados tiveram suas margens de endividamentos também elevadas, cuja soma atinge mais de R$ 42 bilhões.
Para Roseana Sarney, é importante salientar que este crédito ampliado aos estados reflete o bom momento atravessado pela economia do Brasil, ou seja, enquanto alguns países enfrentam dificuldades financeiras aqui o governo federal está criando oportunidades para se investir mais, sendo que neste caso é preciso levar em conta a situação dos governos estaduais e o Maranhão integra o grupo que pode contratar mais empréstimos.
Na audiência em que anunciou esta ampliação de endividamento para os estados, o ministro Guido Mantega destacou que os recursos a serem contratados deverão ser utilizados em investimentos de infraestrutura, saneamento ambiental, habitação, transporte e mobilidade urbana. “Trata-se de um impulso importante ao investimento e estas iniciativas que vão melhorar a vida do cidadão”, disse Mantega. Ele acrescentou que a liberação dos recursos se dá em função da solidez fiscal dos estados.
Ainda de acordo com o ministro, “a responsabilidade fiscal foi absorvida pelos estados num momento em os europeus, por exemplo, estão aumentando sua dívida e seu descontrole fiscal”. Mantega destacou a solidez das contas públicas brasileiras que habilitam o Estado a ampliar sua participação num momento de retração do investimento privado provocado pela crise internacional.
Para ele, essa decisão se contrapõe ao comportamento do empresariado. “O setor privado fica intimidado em função da situação externa. Observamos uma retração ou uma moderação do investimento e, neste momento, o setor público faz movimentos contracíclicos. É importante a iniciativa do governo federal e dos estados para a economia reagir”, reforçou.
Mantega citou o lançamento ontem, pela presidenta Dilma Rousseff, do Programa de Investimento em Logística – Rodovias e Ferrovias, que prevê investimentos de R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos, por meio de concessões ao setor privado nesses estados.
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz
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