Brasil alcança à semifinal dos Jogos Olímpicos pela sexta vez consecutiva.
Londres - Campeã nos Jogos Olímpicos de Pequim, a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei está nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Londres, após uma sofrida vitória sobre a Rússia, por 3 a 2 (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19), no jogo mais emocionante da competição.
Não foi uma atuação primorosa, pois o time dirigido por José Roberto Guimarães apresentou altos e baixos. Só que, dessa vez, as meninas souberam reagir em quadra e construíram a vitória na raça, superando até mesmo a arbitragem, que cometeu um erro num momento crucial no tié-break. O Brasil vencia por 11 a 9 e Fernanda Garay colocou uma bola na quadra, mas os juízes deram bola fora.
A falha fez com que a Rússia reagisse e passasse à frente no placar. Mas, com muita disposição, o Brasil buscou a virada no set decisivo. Nas semifinais, na quinta-feira, às 15h30, a Seleção Brasileira vai enfrentar o Japão, que derrotou a China, por 3 a 2 (28/26, 23/25, 25/23, 23/25 e 18/16).
O jogo
Assim como era esperado, o duelo entre Brasil e Rússia começou com ritmo equilibrado. Apesar de o time europeu liderar o placar na maioria dos momentos, as atletas comandadas por José Roberto Guimarães não permitiam que a seleção adversária abrisse vantagem maior que dois pontos no marcador. Com o desempenho semelhante das equipes, as russas lideravam o primeiro set por 8 a 6 quando o primeiro tempo técnico foi sinalizado.
Após a pausa, o Brasil, que contava com boa atuação da levantadora Dani Lins na distribuição de jogadas ofensivas, voltou ainda mais atento ao confronto, anotou quatro pontos consecutivos e virou o placar (10 a 6). A oposto Sheilla, melhor atacante das últimas duas edições da Superliga nacional, se apresentou bem nos lances de contra-ataque e manteve o time brasileiro a frente do marcador.
A boa sequência de pontos da Seleção, no entanto, foi quebrada e a Rússia reagiu. Com três pontos seguidos, a equipe treinada por Sergey Ovchinnikov reassumiu a liderança da parcial, com 19 a 18. As russas ainda aumentaram a diferença de pontos em relação ao Brasil, fazendo 21 a 19 e ficaram mais próximas de encerrar o set inicial com vitória.
Vibrantes, as comandas de Zé Roberto buscaram a diferença no marcador e retomaram a liderança, anotando 23 a 22, mas não conseguiram evitar a derrota diante das europeias, que triunfaram na primeira parte do confronto por 26 a 24, após trinta e três minutos de disputa.
O segundo set iniciou com a mesma tônica que a parcial anterior, com as equipes atuando em nível parecido. O bom desempenho defensivo da equipe brasileira, principalmente com a líbero Fabi, incomodou Ovchinnikov, que percebeu que suas atletas estavam com dificuldades no ataque e solicitou tempo quando o placar apontava 4 a 2 para o Brasil.
Brasil foi aguerrido em todo o jogo
O pedido do técnico russo, entretanto, não causou alteração no ritmo do duelo. As atuais campeãs olímpicas continuaram predominantes nas ações em quadra e não permitiram que as adversárias encostassem no marcador. Além disso, as brasileiras souberam aproveitar momento ruim da equipe russa e impôs sete pontos de vantagem (15 a 8).
Com boa margem de pontos em relação à Rússia, o Brasil soube administrar a vantagem construída na primeira metade do set e, apesar de reação da seleção rival, confirmou o triunfo por 25 a 22, depois de trinta minutos de disputa.
No terceiro set, as atletas brasileiras mantiveram o bom posicionamento no setor defensivo. Todavia, as russas não oscilaram tanto quanto na parcial vencida pelas brasileiras e tinham mais tranquilidade para converter os ataques em pontos. O equilíbrio no confronto ficou ainda maior, mas o Brasil tinha vantagem no placar em boa parte dos momentos iniciais e, por 10 a 9, liderava o marcador.
Ao contrário do que aconteceu no segundo set, quem viveu momento ruim na terceira parcial foi o time comandado por José Roberto Guimarães. Com mau aproveitamento nas jogadas de contra-ataque, o Brasil permitiu que as russas crescessem e retomassem a ponta (15 a 12). Com isto, a Seleção pareceu ficar desestabilizada e não conseguiu readquirir seu melhor desempenho, sendo derrotado por 25 a 19, em vinte e seis minutos.
No início da quarta parcial, a Rússia dominou as ações da partida e abriu quatro pontos de vantagem (6 a 2). Porém, a equipe brasileira readquiriu o ritmo que teve em seus momentos de auge e, com ataque de Thaísa, virou o placar (9 a 8). A evolução do Brasil continuou, mesmo com a regularidade do time europeu, e a diferença na pontuação passou a ser de três pontos (18 a 15).
A vantagem brasileira de três pontos foi mantida até o final do set. Com bom desempenho no saque, as atletas comandadas por Zé Roberto dificultaram a recepção do time russo, que nada pode fazer para reverter à desvantagem e foi derrotada por 25 a 22, em vinte e sete minutos.
O set derradeiro foi disputado ponto a ponto pelas equipes. Em busca de uma vaga nas semifinais, as equipes não se rendiam e se esforçavam para pontuar em cada bola. A Seleção liderava o placar, mas não conseguia impor diferença maior que dois pontos. Um erro de arbitragem em ataque de Fernanda Garay quando o placar apontava 11 a 9 para o Brasil recolocou a Rússia no jogo. Mesmo com o erro, as brasileiras não sucumbiram e venceram por 21 a 19.
Fonte: Gazeta Press
Edição: Cícero Ferraz
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