terça-feira, 18 de outubro de 2011

Na Câmara, Orlando Silva diz que denúncias são falsas e sem consistência


Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (18), o ministro do Esporte, Orlando Silva, rechaçou as denúncias de corrupção feitas no fim de semana pela revista Veja. A revista trouxe o depoimento do militar João Dias Ferreira acusando-o de ter recebido "uma caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do ministério". Silva se disse inocente e prometeu processar o PM, que está preso. No depoimento aos integrantes das comissões de Turismo e Desporto, Fiscalização e Controle, Orlando Silva rebateu as denúncias e disse que "até na guerra existe limite". Segundo o ministro, as acusações feitas pelo policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira fazem parte de uma "trama, de uma narrativa falsa, fundada em mentiras". Orlando Silva anunciou que irá "às últimas consequências" contra o policial e a revista, a fim de conseguir reparação judicial pelos "danos morais" que teria sofrido. Ele também acrescentou que as informações divulgadas pela revista são "falsas e sem consistência".

Silva diz que sua indignação contra as denúncias "beira a revolta" e apresentou aos parlamentares presentes cópia do requerimento que para que fosse investigado. Ele também defendeu o seu partido PC do B das acusações de que estaria sendo beneficiado por esquema de favorecimento da legenda dentro do Ministério do Esporte.

O ministro conta com o apoio de dezenas de deputados da base governista, que lotam o auditório. Muitos, aplaudiram o ministro após sua fala. "Desde ontem tomei algumas decisões para apurar os fatos. Pedi a abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar tudo o que está registrado na revista, coloquei todos os meus sigilos à disposição, impetrei pedido no Ministério Público para abrir investigação e desnudar tudo o que está na reportagem; pedi audiência na Comissão de Ética Pública da Presidência da República", declarou, sob aplausos de parte dos deputados.

Após apresentação inicial do ministro, os deputados começaram a fazer suas perguntas. Antes da chegada de Orlando Silva, alguns deputados de oposição, como Duarte Nogueira (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) saíram do plenário para tentar falar com o policial autor da denúncia, que está na liderança do PSDB no Senado.
 
Fonte: O Imparcial
Edição: Cícero Ferraz

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