Apesar de achar que para o soerguimento do futebol maranhense, necessariamente precisa de uma reformulação de verdade no comando da Federação Maranhense de Futebol, e nada surtirá efeito sem isso, não posso me omitir de louvar a intenção do deputado estadual Jota Pinto (PR).
Enfim um homem público demonstrou a preocupação com o momento cada vez mais triste que vai passando o futebol maranhense e quer debate o assunto no parlamento em audiência pública.
“Queremos debater com todos os segmentos, imprensa, legislativo, executivo e principalmente a iniciativa privada, afinal não é admissível que tantas empresas venham para o Maranhão e ninguém invista no futebol, claro que existe a questão da desorganização e da falta de credibilidade, mas isso precisamos solucionar, mas sempre olhando para frente e não para trás”, disse Jota Pinto.
A ideia é louvável, pois se pode vislumbrar a possibilidade de criar uma alternativa ou mecanismo legal para que essas empresas, Suzano, Vale, Petrobrás e outras, possam investir no futebol maranhense.
A audiência pública não terá nenhum efeito prático, se as autoridades, dirigentes e imprensa, não entenderem que muitas pessoas precisam e vivem do futebol maranhense.
“Se não tiver uma proposta nova e viável, ninguém suportará bancar um clube de futebol no Maranhão, queremos também explicação concreta sobre o Viva Nota. O futebol propicia emprego, renda e lazer ao povo do Maranhão e isso precisa ficar bem claro para as nossas autoridades e é isso que queremos mostrar”, afirmou Jota Pinto, que fala com a propriedade de quem já foi presidente de um clube de futebol, no caso o Moto Club.
O torcedor mais uma vez esse ano deu provas que é apaixonado, precisa apenas ser motivado a acompanhar bons espetáculos e competições organizadas e com credibilidade. O exemplo mais recente foi a participação do Sampaio na Copa do Brasil. O acanhado Nhozinho Santos que se agiganta nos jogos dos estaduais, foi pequeno perto do público dos jogos do representante maranhense na competição nacional.
Agora falta todos entenderem isso, imprensa, dirigentes esportivos e poder público, pois toda vez que se fala em patrocínio ou verbas para o futebol maranhense, se fala em ajuda e não em investimento de políticas públicas. Enquanto não conseguirmos mudarmos essa realidade “ficaremos” sempre “mendigando” essa “ajuda”, que para o Carnaval e São João, já é orçamentária.
Fonte: Blog do Jorge Aragão
Edição: Cícero Ferraz
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