Vidas de centenas de crianças no interior do Maranhão estão sendo transformadas pelo projeto de inclusão social através do pingue-pongue.
Há dois anos, centenas de crianças, jovens e adultos perceberam uma mudança radical em suas vidas por conta de uma bolinha e um par de raquetes na cidade de Nova Olinda, no interior do Maranhão. Trata-se de um projeto de inclusão social com o tênis de mesa, mais conhecido popularmente como pingue-pongue implantado pelo professor de Educação Física, Marcelo Oliveira da Silva, conhecido como Marcelo Ferreiro, a fim de afastar as crianças das drogas e incentivar a pratica de um esporte que transmite disciplina, concentração, respeito, entre outros atributos.
O pingue-pongue faz tanto sucesso na cidade que virou uma paixão local pela modalidade, cujo ídolo principal, é o mesatenista Hugo Hoyama. O resultado deste projeto já é um sucesso, mesmo com poucos recursos, todos os participantes não faltam aos treinos e o rendimento escolar das crianças aumentou e apareceram algumas revelações no esporte, o que propiciou alguns títulos em torneios locais.
A idéia do projeto aconteceu após Ferreiro morar oito anos em Fortaleza onde teve a oportunidade de treinar no ATMAS (Academia de Tênis de Mesa Aldeotas Sul) onde aprendeu as técnicas do esporte e se aperfeiçoou na modalidade. Em seguida trabalhou por um ano no projeto Oficina Inclusivo Tênis de Mesa, da Federação Cearense de Tênis de Mesa e os resultados começaram a aparecer quando alguns garotos conquistaram boas colocações nos torneios intercolegiais entre outros campeonatos.
(Marcelo Ferreiro)
Depois do sucesso alcançado no Ceará, Ferreiro tomou uma decisão que poderia mudar sua vida e da sua cidade natal, Nova Olinda. Criou o projeto Oficina Inclusiva de Tênis de Mesa de Nova Olinda, em um galpão, onde reúne diariamente dezenas de pessoas de todas as idades em horários diferentes. “Isso ocorre para a inclusão social de adolescentes, jovens e adultos de ambos os sexos, cores, raças, religiões, portadores ou não de alguma deficiência física”, diz.
Ferreiro quer preencher os espaços ociosos das vidas dos jovens do interior do Maranhão, ressocializando-os através da disciplina que é pregada pelo esporte. “Evitamos o consumo ou o tráfico de drogas, a violência, assim como outros problemas sociais, onde todos os indivíduos estão expostos”, comenta. Além da inclusão social o projeto do professor pretende revelar novos talentos. “O objetivo é criar cidadãos de bem e no futuro atletas de alto nível”, revelou.
Em dois anos o projeto já conseguiu alguns resultados importantes como: campeão mirim e adulto na tradicional Copa Ouro realizada na cidade de Santa Inês, no Maranhão. Campeão iniciante mirim e adulto no I Festival de Esportes Individuais, realizado na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão.
Recursos – Uma das dificuldades encontrada para a prática do esporte são os materiais esportivos, como raquetes e bolinhas. Muitas vezes os garotos treinam com raquetes improvisadas. Falta também alimentação e ajuda de custo no transporte para algum evento especifico que envolva os atletas, que sonham um dia participar de uma olimpíada ou de simplesmente, de conhecer o campeão olímpico Hugo Hoyama.
Depoimento do JE
Parabéns amigo Marcelo Ferreiro pelo seu trabalho, não temos dúvidas que algum dia seus garotos e garotas vão alcançar o sucesso, e se ainda não formastes campeões, certamente bons cidadãos já estão sendo formados.
Edição: Cícero Ferraz
Olá Marcelo, parabenizo por esta iniciativa, são estas iniciativas que a prefeitura deveria apoiar, e expandir, evitando assim esses jovens no convivio da marginalidade. Alô prefeito. Quando ser morador dai, quero participar dessa rodada de tênis de mesa. Abrçs
ResponderExcluirLuiz Santos/Belém-PA