segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Padilha defende mobilização social em favor das mães que amamentam

Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria abrem Semana Nacional de Amamentação, com a participação da atriz Juliana Paes, madrinha da campanha

Ao participar hoje (1º) da solenidade de abertura da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) de 2011, no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conclamou a todos os setores da sociedade a apoiar às mães para que tenham condições de amamentar seus filhos. “Precisamos mobilizar todos os segmentos – governos, empresas, profissionais da saúde, familiares, lideranças religiosas e comunitárias - para que este direito seja respeitado”, afirmou.

Segundo o ministro, o governo brasileiro vem se empenhando para cumprir a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade recomenda que 80% das crianças, menores de seis meses, tenham no aleitamento materno um alimento exclusivo. Padilha explicou que, para atingir esta meta, é preciso um esforço, não apenas do governo, como também de outros setores da sociedade.

Como exemplo, citou a classe empresarial que pode contribuir aderindo à licença maternidade de seis meses. “A melhoria destes índices depende, também, da família. É preciso que os pais e demais familiares ajudem, assumindo tarefas domésticas para as mães tenham mais tempo para alimentar seus filhos”. Ele também destacou a importância da atuação dos profissionais de saúde na orientação às mães e gestantes sobre os benefícios da amamentação.

Banco de Leite – Como exemplo de medidas adotadas, por parte do governo brasileiro, para contribuir com a causa, o ministro citou a expansão da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. “O Brasil possui, atualmente, a maior rede pública de banco de leite humano do mundo, que alimenta em torno de 135 mil recém-nascidos, internados em UTI brasileiras”, ressaltou.

Como parte das atividades da SMAM deste ano, O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) lançaram a campanha “Apoie a Mulher que Amamenta: Seja um amigo do Peito”, que tem como madrinha a atriz Juliana Paes. “Considero uma honra participar de um causa tão nobre como esta. Espero que eu possa contribuir incentivando outras mães a amamentarem seus filhos até a idade considerada ideal”, afirmou Juliana Paes.

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo da Silva Vaz, ressaltou que os benefícios da Amamentação se estendem para toda a vida. “É no início da vida de cada pessoa que é traçado o seu destino”, observou.

GUIA – Também foi lançado, no evento, o Guia dos Direitos da Gestante, uma publicação conjunta entre o Ministério da Saúde e a Unicef (Programa das Nações Unidas para a Infância). O guia é uma espécie de instrumento para a capacitação de agentes multiplicadores, que terão como função transmitir informações às comunidades sobre os direitos das mães à amamentação. A representante da Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, destacou a importância do guia para esclarecer e conscientizar as gestantes e as mães de seus direitos. “Muitas mães enfrentam barreiras para conseguir amamentar seus filhos. É preciso que toda a sociedade se mobilize para mudar esta realidade”, afirmou Marie.

A SMAM foi idealizada pela WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) e tem sido comemorada em 150 países com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A comemoração da SMAM tem se mostrado um método efetivo de mobilização de todos os segmentos da sociedade em defesa da amamentação. A semana é comemorada de 1º. a 7 deste mês.

BENEFÍCIOS – O aleitamento materno é a mais antiga estratégia natural de vínculo, proteção e nutrição para a criança. Constitui a mais econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão. Funciona como uma vacina, protegendo a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias.

Para as mães, o ato de amamentar ajuda na perda peso mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. Também reduz o risco de diabetes, de câncer de mama e de ovário.

ECONOMIA - Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Em 2004, o gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros seis meses de vida no Brasil variou de 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da fórmula infantil.

AÇÕES – Para incentivar o aleitamento materno, o Ministério da Saúde possui a Rede Amamenta Brasil, que está presente em mais de mil Unidades Básicas de Saúde do País. Existe também a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, em parceria com a UNICEF, que hoje já conta com 337 hospitais credenciados em todos os estados brasileiros e o Método Canguru, que promove o contato pele a pele entre mãe e bebê.

Também faz parte das ações de incentivo, o programa de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta. Nesta ação, o Ministério da Saúde capacita profissionais para sensibilizar gestores e empregadores a adotarem uma série de medidas de apoio à amamentação da mulher trabalhadora. Entre as medidas, destacam-se a adesão à licença maternidade de seis meses, a implementação de salas de apoio à amamentação nas empresas, o respeito às leis que protegem este ato, entre outras.

REDE CEGONHA - No dia 28 de março de 2011, o Governo Federal reforçou as estratégias de fortalecimento da atenção integral à saúde da mulher e do recém-nascido com o lançamento da Rede Cegonha. A Rede tem entre suas principais ações a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

Por Mauren Rojahn, da Agência Saúde

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Fonte: Portal do Ministério da Saúde
Edição: Cícero Ferraz

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