SÃO LUÍS - Depois de um longo período de espera no Porto do Itaqui, o abastecimento dos caminhões-tanques com combustíveis derivados do petróleo voltou à normalidade. Nos últimos dias, dezenas de veículos formaram filas no pátio do porto à espera dos navios das distribuidoras. Segundo o Sindicato dos Revendedores de Combustível do Maranhão (Sindcomb-MA), a demora no abastecimento deveu-se à grande ocupação dos berços, que atrasou a atracação dos navios no Itaqui.
Na manhã desse domingo (7), o problema estava parcialmente resolvido, já que um dos navios finalmente havia conseguido vaga em um píer do porto para descarregar os produtos, diminuindo, assim, o fluxo de veículos no pátio de espera. Apesar disso, pelo menos 20 caminhões-tanques continuavam aguardando outro navio que está ancorado na Baía de São Marcos.
De acordo com o presidente do Sindcomb-MA, Dilleno Tavares da Silva, a dificuldade das distribuidoras em encontrar espaço para atracar suas embarcações é um fato recorrente em São Luís, o que, de certa forma, prejudica o abastecimento em todo o Maranhão e nos Estados do Piauí e Tocantins. “Contudo, o atraso no abastecimento dos caminhões não acarretará em falta de combustível nos postos da capital e nem influenciará no preço final do produto, isso porque os postos já trabalham com uma reserva mínima”, esclareceu.
O presidente do sindicato afirmou, ainda, que o problema maior está na oferta e na demanda dos combustíveis derivados do petróleo na capital. Segundo ele, diariamente são descarregados uma média de 4,5 milhões de litros de combustíveis no Porto do Itaqui, o que fica aquém do volume necessário para abastecer a Ilha. “São Luís está longe de receber o volume de combustível necessário para a demanda de consumo. Para isso, seria necessário um volume de 62 milhões de litros mensais”, afirmou.
Postos
Nos postos de combustível, a movimentação de consumidores foi tranquila durante todo o fim de semana. Apesar dos boatos de falta de combustível, não houve correria aos postos e nem formação de filas. Ana Virgínia, gerente de um posto, disse que o fato divulgado pela imprensa sobre a escassez de combustíveis não afetará o consumidor final. “Ainda temos produto suficiente no estoque, o que garante o abastecimento pelo menos para os próximos dois dias”, disse.
A gerente explicou que os atrasos no Porto do Itaqui prejudicam mais os caminhoneiros e as distribuidoras. “Apesar disso, acredito que, sabendo do problema de falta de espaço para os navios descarregarem no porto, as empresas já trabalhem com uma margem de datas a mais para a entrega dos produtos nos postos. Se não houver uma programação, a falta de gasolina seria constante”, afirmou.
Portal Imirante
Edição: Cícero Ferraz
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