São Luis - A aclamação de Ricardo Murad (PMDB) para a presidência da Assembleia Legislativa está sacramentada e ninguém mais nem se atreve a discutir o assunto. No entanto, a briga será de foice pelas vagas restantes da Mesa Diretora.
A princípio seriam três Blocos na próxima legislatura, dois de governo e um de oposição, mas uma divergência entre Marcelo Tavares (PSB) e Gardênia Castelo (PSDB) fez surgir um quarto Bloco, um segundo de oposição, assunto esse já tratado no blog.
As vagas estavam definidas e cada um dos Blocos teria direito a três vagas na Mesa Diretora. Tanto é que o blog também antecipou a composição dos Blocos e da nova Mesa Diretora.
Só que dois fatos mudaram o rumo da maré que estava realmente calma. O enfraquecimento ainda mais da oposição com a divisão em dois Blocos e o desejo do PMDB em ter, além da presidência, mais uma vaga na Mesa Diretora, fez com que a divisão de cargos fosse refeita.
Agora o Bloco Governista que deverá ser comandado por Manoel Ribeiro (PTB) terá direito a quatro vagas. Duas do PMDB, que seriam de Ricardo Murad – candidato a presidente e Stênio Rezende – que deseja a 1ª vice-presidência ou a 1ª secretaria. As outras duas vagas do Bloco seriam uma do PV e outra do DEM. O PV deseja ficar com a 1ª secretária e a disputa está entre Carlos Filho e Rigo Telles. O DEM por sua vez deseja ficar com a 1ª vice-presidência e a tendência é que o indicado seja César Pires.
No entanto, a matemática é uma ciência exata e são três deputados ou partidos desejando as duas principais vagas na Mesa, após a presidência é claro. E é ai que realmente a briga será de foice para a disputa da 1ª vice e da 1ª secretaria.
Tanto o DEM quanto o PV, entendem que o PMDB já estaria muito bem contemplado com a presidência da Casa e poderia respeitar o acordo já celebrado. O PMDB que entrou por último na briga, por sua vez alega que a indicação da presidência não é do partido, mas sim de todos os demais parlamentares.
As articulações estão acontecendo e o que parecia uma eleição tranqüila pode se transformar em uma batalha entre aliados do mesmo grupo político. Vai depender mais uma vez da habilidade do futuro presidente da Casa Ricardo Murad, pois ele está entre a cruz e a espada, ou cumpre o acordo feito com DEM e PV ou cede a pressão de alguns colegas de seu partido.
Bloco do governo II
No novo Bloco do governo, não tem indefinição nem discussão, os 14 deputados estão acertados e marcharam unidos até o fim, pelo menos é o que se percebe até gora.
A liderança do Bloco será de Eduardo Braide (PMN) e Marcos Caldas (PRB), Jota Pinto (PR) e Francisca Primo (PT) irão compor a Mesa Diretora, possivelmente com direito a 2ª e a 4ª vice-presidência e a 2ª secretaria.
Oposição
A bancada oposicionista terá 12 deputados, mas divididos em dois Blocos e com direito a duas vagas de acordo com a nova divisão.
O Bloco liderado por Marcelo Tavares terá cinco deputados. Além de Marcelo Tavares, contaria com a participação dos parlamentares: Rubens Junior (PCdoB), Eliziane Gama (PPS), Cleide Coutinho e Luciano Leitoa (ambos PSB). Sendo que Cleide Coutinho seria indicada para a Mesa Diretora, possivelmente para a 3ª secretaria.
O outro Bloco de oposição seria comandado pela deputada Gardênia Castelo e contaria ainda com os deputados Graça Paz (PDT), Neto Evangelista (PSDB), André Fufuca (PSDB), Valéria Macedo (PDT), Camilo Figueiredo (PDT), Carlinhos Amorim (PSDB). A indicação ficaria para a Mesa Diretora, possivelmente para a 3ª vice-presidência, entre Graça Paz e Neto Evangelista.
No entanto, além da disputa pela liderança da oposição, os deputados também divergem por conta das eleições municipais de São Luís em 2012. Enquanto que o grupo de Gardênia, irá trabalhar pela reeleição do atual prefeito, João Castelo, o bloco comandado por Tavares poderá lançar Flávio Dino (PCdoB), Edivaldo Holanda Junior ou ainda Eliziane Gama para a disputa eleitoral na capital maranhense.
Assim funciona a política e os políticos, mal terminam uma eleição, já começam a pensar e principalmente articular e trabalhar o próximo pleito
Fonte: Blog do Jorge Aragão
Edição: Cícero Ferraz
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