segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

OAB diz que situação das delegacias do MA é alarmante há 10 anos

Situação precária das delegacias do interior do estado vira tema de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo.

A situação de descaso com as delegacias e carceragens no Brasil, do qual o Maranhão estava como um dos destaques, foi o tema de uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, exibido neste domingo, 30. O raio-X do sistema carcerário no Maranhão mostra a realidade vivida por detentos de três cidades: Bacabal, Miranda do Norte e Santa Inês.

Entre as irregularidades estão: falta de policiais, falta de instalações adequadas para trabalho, falta de computadores, superlotação, mosquitos, mau cheiro, sujeira, falta de celas adequadas, falta de água e banheiros, para citar penas as necessidades mais urgentes.

Luis Antonio Pedrosa, membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conversou com a equipe de OImparcial Online e disse que a reportagem reflete a real situação das carceragens do estado e afirma que a crise do sistema seria falta de planejamento, já que os recursos existem. “Muita verba é destinada para as carceragens, mas elas são mal empregadas, por isso o estado de calamidade em que o estado vive”, comentou.

Essa realidade, segundo Pedrosa, deve ser denunciada todos os dias pelas pessoas e agentes que estão envolvidos no sistema. “Precisamos de fiscalização constante e denuncias para que esse problema se resolva o mais rápido possível”, comentou.

O membro da Comissão de Direitos Humanos disse ainda que “tudo que foi mostrado é um retrato fiel do descaso, às vezes a situação é bem pior do que as câmeras conseguem captar”.

Para Pedrosa, a situação prisional do Maranhão é alarmante há pelo menos 10 anos. “As delegacias no Maranhão são insalubres, não têm as condições mínimas de funcionamento, que vão desde falta de policiais e questões estruturais, como falta de prédios, e o que piora a situação é que as autoridades não fiscalizam, o que gera um ambiente propício para o descaso”, finalizou.

Edição: Cícero Ferraz

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