Esta já é a maior tragédia climática da história país. Número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967.
(Cidade de Areal - RJ) Foto: O Globo
RIO - O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do RJ chegou a 628, segundo as prefeituras.
Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 284 mortos em Nova Friburgo, 267 em Teresópolis, 56 em Petrópolis,19 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto. A maioria dos corpos já foi sepultada.
Em Teresópolis, a prefeitura informou que a Central de Cadastro de Desaparecidos recebeu a reclamação de que 88 pessoas estariam desaparecidas. Em Petrópolis, há 36 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Friburgo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos.
Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informou que o número de mortos é 629, sendo 285 em Nova Friburgo, 269 em Teresópolis, 56 em Petrópolis e 19 em Sumidouro. O número de desabrigados e desalojados chega a 13.830, segundo o governo do estado.
Segundo a Polícia Civil, 625 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 284 em Teresópolis, 263 em Nova Friburgo, 55 em Petrópolis, 19 em Sumidouro e 4 em São José do Vale do Rio Preto.
O governador Sérgio Cabral decretou estado de calamidade pública em sete cidades: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, comerciantes que se aproveitarem da tragédia para aumentar de maneira abusiva os preços de produtos nas áreas afetadas serão levados para a delegacia. Na capital do estado, os preços de verduras e legumes dispararam.
Chuva interrompe buscas
Bombeiros, técnicos da Defesa Civil, militares e voluntários entram neste domingo (16) no 5º dia de buscas por corpos e moradores que ainda estão em regiões isoladas.
A chuva forte interrompeu os trabalhos de busca em Petrópolis. Uma equipe da Aeronáutica seguiu de helicóptero para a localidade de Brejal, onde cerca de 80 pessoas estão ilhadas. Outra equipe aguarda a chuva diminuir para seguir em outra aeronave para a região trabalhar na busca por pelo menos três corpos, que foram confirmados, estão soterrados na localidade.
Nesta segunda-feira (17), começa a funcionar o hospital de campanha montado no Centro de Exposições de Itaipava.
Os municípios da Região Serrana continuam com serviços de água e luz precários.
Maior tragédia da história
Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.
No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril.
Edição: Cícero Ferraz
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